SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PIRACICABA

Observatório Astronômico instala relógio do sol inédito no país

7 de agosto de 2015 • André Cruz

om um canhão, a nova atração é parte do Museu do Tempo que o Observatório Astronômico de Piracicaba, órgão da Secretaria Municipal de Educação, já está oferecendo nas visitas escolares. Segundo o astrônomo Nelson Travnik, autor do projeto e construção, a idéia de um relógio do Sol com um canhão que dispara quando o Sol cruza o meridiano local, surgiu de uma visita feita ao Observatório de Paris em 2011. “O projeto de fazer um semelhante afim de testar seu funcionamento, enriquecer o acervo do Observatório e propiciar mais uma atração nas visitas escolares, foi concretizado com sucesso”, diz.

O primeiro modelo desse relógio foi feito na França por volta de 1800. Quando orientado corretamente, o canhão disparava ao meio dia. Segundo Travnik, a maior dificuldade encontrada foi o canhão modelo antigo, contornada, contudo, por uma doação do seu colega de São Paulo, Luigino Drioli. O trabalho de gravação foi executado em Americana por Valdemar G. Terra Neto. O Observatório soma agora cinco relógios do Sol, cada um de um tipo diferente.

Foto: Observatório

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Laboratório   a   céu   aberto

Pela gama de conhecimentos que proporciona, até hoje são largamente utilizados nas visitas aos observatórios e planetários.  Sua beleza estética, interesse, curiosidade que desperta nas pessoas e o valor pedagógico é inquestionável. Algumas escolas os possuem em suas unidades e estão presentes em praças, jardins e até em paredes de prédios e igrejas como vistos principalmente na Europa.  Ele é a mais antiga ferramenta do homem para medir o tempo, estabelecendo um calendário que permitiu conhecer   as estações do ano, imprescindível mesmo à sua sobrevivência nas latitudes elevadas. No Brasil o relógio do Sol mais antigo está na igreja de São Francisco Xavier, em Niterói, RJ, fundada em 1572 pelo padre jesuíta José de Anchieta.

Medir o tempo, uma eterna preocupação

Impossibilitado de marcar as horas quando não havia Sol, surgiram os relógios de água, Clepsidra e os de areia, Ampulheta. Ninguém sabe exatamente quando surgiu o relógio mecânico e nem quem foi seu criador, mas é certo de que ele data do inicio do século XIV. O relógio de pêndulo a partir de 1656, criado pelo astrônomo holandês Christiaan Huyghens (1629-1695), introduziu uma grande precisão nas medições do tempo. Em seguida, graças ao cronômetro de John Harrison (1693-1776), acertado com o meridiano de Greenwich (Londres), é que foi possível resolver o grande problema das navegações com a determinação das longitudes. Sempre na procura da precisão, aparecem os relógios digitais e a seguir os atômicos com uma precisão de tempo que chega ao nano segundo ou seja, o milésimo do milionésimo de segundo e que funcionam com base na mecânica quântica. Graças a ele, largamente utilizados nas missões espaciais e em cálculos relativísticos, foi possível determinar que a Terra está mais lenta a cada ano.

Anualmente, é feito um acerto entre a hora atômica e a hora astronômica. No último dia 30 de junho, exatamente às 23h59m59s os relógios atômicos foram desligados e acrescentados um segundo a mais a hora que registramos. Em nosso País, a Hora Legal Brasileira é determinada por relógios atômicos instalados na Sala da Hora do Observatório Nacional do Rio de Janeiro, CNPq – MST.  – Quem quiser saber a hora, com precisão, é só ligar para o Serviço da Hora: 21-2580-6037.

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