Os encontros foram concluídos na semana passada e abordaram as diretrizes preconizadas pelo Ministério da Saúde para orientar profissionais sobre alimentação complementar saudável, ou seja, como introduzir a alimentação de forma saudável após os seis meses de idade. “Os encontros são mais uma etapa que iniciamos na capacitação dos profissionais da área da educação infantil, com ênfase na alimentação em crianças menores de dois anos”, explica a nutricionista e coordenada da CPAN, Márcia Cardoso.
Segundo Márcia, a expectativa é que os professores sintam-se seguros para orientar os pais quanto a importância da alimentação saudável nessa fase da vida da criança, já que este é o momento de formação dos hábitos alimentares das crianças, e que a introdução de alimentos ultraprocessados (biscoito recheado, refrigerante, macarrão instantâneo, sucos industrializados, salgadinhos de pacote) que são ricos em açúcar, gordura e sal que são extremamente prejudiciais à saúde da criança e devem ser evitados. “O consumo excessivo desses alimentos pode levar a criança a ser acometida por doenças como diabetes, pressão alta, dislipidemia, além da obesidade”, alerta a nutricionista.
Ainda durante encontros, os professores foram orientados sobre a pesquisa que será realizada a partir desde mês nas EMEIs (Escolas Municipais de Educação Infantil) como o objetivo de conhecer os hábitos alimentares das crianças em suas residências. A pesquisa é baseada em informações do Ministério da Saúde e conta com um questionário dividido por faixa etária (menores de 6 meses, de 6 a 23 meses e acima de 2 anos) que será aplicado pelos profissionais da Secretaria de Educação.
Márcia informa ainda que os encontros terão continuidade e servirão para que os educadores possam ter mais segurança para orientar os pais a respeito da alimentação saudável. “Há também a parceria com a CPAN para realização de palestras nas escolas sobre o assunto, direcionadas aos pais. É uma forma de conscientizar ainda mais os pais sobre a alimentação das crianças”.
Para Eleonora Dias, nutricionista do CPAN responsável pela capacitação, o curso foi composto por um embasamento teórico sobre a alimentação complementar – aquela oferecida na casa – para as crianças menores de dois anos para que as professoras trabalhem na prática com as famílias. “É preciso uma introdução correta dos alimentos, pois temos dados de crianças de um ano que já experimentaram refrigerantes. Temos que orientar e prevenir e com isso diminuir o índice de obesidade na criança e até mesmo evitar que ela se torne um adolescente ou um adulto obeso”, acrescenta a nutricionista.
