SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PIRACICABA

Campanha contra hanseníase, geo-helmintíases e tracoma é apresentada à diretoras de escolas municipais do Ensino Fundamental de Piracicaba

19 de maio de 2016 • André Cruz

Público alvo da campanha são crianças de 5 a 14 anos de escolas municipais

Fotos: Fernanda Schmidt
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A Campanha Nacional de Hanseníase e Geo-helmintíases iniciada em março de 2012 faz parte da estratégia definida pelo Ministério da Saúde, pela Coordenadoria de Controle de Doenças e pelo Centro de Vigilância Epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac”. Desde então, Piracicaba trabalha em conjunto para que haja menos de um doente contaminado pelo bacilo de hansen (hanseníase) por 10 mil habitantes.

Com o objetivo de realizar triagem dessas doenças em eliminação e tratamento coletivo em estudantes de 5 a 14 anos de escolas públicas, a interlocutora das Ações de Hanseníase do Município de Piracicaba e responsável técnica da campanha na cidade, Ermelinda Esteves apresentou na terça-feira,17, o projeto para diretoras de escolas onde há maior índice das doenças. Elas receberam orientações, flyers e folders para trabalharem a questão nos respectivos colégios.

No que diz respeito às geo-helmintíases, o foco é reduzir a carga parasitária em alunos do ensino público fundamental. As atividades propostas incluem mobilização e orientações aos professores e alunos antes da oferta de anti-helminto – quimioprofilaxia da geohelmintíases. Como ação da redução da carga de infecção pelos geo-helmintos, o Ministério da Saúde propõe a implantação do tratamento quimioprofilático em crianças de 5 a 14 anos com a utilização do medicamento anti helmintos.

A proposta desse tratamento preventivo em escolares está em conformidade com as recomendações da Organização Mundial de Saúde que preconiza o tratamento periódico como uma medida preventiva e efetiva para redução da carga parasitária e das suas complicações.

A estratégia no ambiente escolar, já utilizada internacionalmente, foi compravada que reduz os custos do tratamento e potencializa os resultados da intervenção, pois proporciona excelente oportunidade de atingir o maior número de crianças em razção da agregação de crianças e adolescentes nesse ambiente.

BICHO DOS NERVOS –A hanseníase é uma doença causada pelo Mycobacterium leprae, que é um bacilo. Ele foi descoberto em 1873, pelo médico Amaneur Hansen, na Noruega. Em homenagem ao seu descobridor, o bacilo é também chamado de bacilo de Hansen, daí é que vem a palavra hanseníase.

É uma doença contagiosa, transmitida por um bacilo que passa de uma pessoa doente, que não esteja em tratamento, para outra. Pode ser por meio de gotas eliminadas no ar pela tosse, pela fala e pelo espirro de uma pessoa infectada, sem tratamento. O bacilo penetra através das vias respiratórias, percorre o organismo e se instala preferencialmente nos nervos periféricos e na pele. O contato direto e prolongado com a pessoa doente em ambiente fechado, com pouca ventilação e ausência de luz solar, aumenta a chance de a pessoa se infectar com o bacilo.

BICHO DOS OLHOS – Já o tracoma é uma doença infecciosa no olho causada por uma bactéria chamada Chlamidiatrachomatis que provoca uma inflamação na conjuntiva do olho. É uma espécie de conjuntivite que se prolonga por muitos dias. É contagioso, especialmente em seus estágios iniciais e afeta principalmente as crianças. Pode ser transmitido de uma pessoa para outra por meio da secreção do olho em contato com as mãos sujas e com objetos contaminados como fronhas, toalhas e lenços utilizados por uma pessoa infectada. As moscas também podem ser vetores mecânicos que transmitem a doença.
Após vários anos de doença sem tratamento ou com infecções repetitivas, pode ocorrer a formação de cicatrizes na membrana que recobre a parte de dentro da pálpebra, fazendo com que os cílios se virem para dentro do olho (triquíase).
O tracoma é uma doença de lugares com precárias condições de vida e saúde, mais frequente em áreas rurais e secas, onde a falta de água e de saneamento básico facilitam a transmissão da doença. A gravidade do tracoma pode variar de uma comunidade para outra devido às diferenças na facilidade da propagação da infecção. Com a melhora da higiene pessoal e ambiental, a doença torna-se menos intensa e causa menos complicações e cegueira.

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